PAPEL DE PAREDE, ARQUITETURA E DECORAÇÃO

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sábado, 4 de setembro de 2010

TUDO CERTO, NADA RESOLVIDO



Parecia que por um momento estava tudo certo.
Mas tudo o quê? Naquela altura do campeonato (e da vida) já nem tinha mais tanto assim para se acertar.
Então, tentaríamos acertar o passo. Não deu certo. Os passos já estavam num descompasso irreversível.


Então tentaríamos beber e esquecer tudo aquilo. Mas não tinha como.
Bêbados, não teríamos como impor limites para aquela sinfonia torta que tocava desde sempre.
De torto, já bastava aquela música. Não, não existia mais razão para tanta tortura.


Mas qual era mesmo a tal da tortura?
Não tinha como responder, uma vez que já não havia mais rítimo nem para dialogar. Muito menos pra cantar. 


Mas como pode um compasso errar seu giro, perder seu centro, e irremedialvelmente, num ponto ou em outro, sair pela tangente. (e se sair mesmo, eu, sozinha, perder o rumo?)
Tá, perdi o rumo e saí do prumo (e isso é uma rima escrota, escrota pra caramba, por sinal).

Enquanto isso, atabalhoadamente, faço coisas que não faria para tentar resolver. Mas não resolvo.

Invado. Você vaza. Me perco e me assusto. (tipo assim, Becky Bloom, desesperada dentro da Barneys em Nova Iorque). E continuo não resolvendo nada.


E como sempre, por mais um instante parece que está tudo certo. (pra quem mesmo?)
E, mais uma vez, eu estava com o cérebro cheio de arabescos. Gigantes.
Feito por aquele mesmo compasso sem rítimo.
[enquanto isso... em algum lugar do universo feminino...] 
E mesmo assim, o céu estava azul, num azul raro.
O que piorava tudo. Tudo mesmo.
Mim Jane. You Tarzan. (errado, estava mais para Batman e Robin vivendo um lance super Super-Gêmeos tipo uma Ponte de Gelo gigante).
E a Ponte de Gelo estava ali. Atravessasse quem fosse corajoso o suficiente para pisar descalço.
Depos de tantos calos que ambos adquiriram com o tempo, estava difícil resolver. E o compasso não girava. (suas curvas já não estavam mais tão perfeitas).
Mas a virtualidade rolava solta, e eu, tola, achando que poderia resolver. Portanto, nada resolvido (mas estava tudo certo).


O macete é não se preocupar com o terreno, e simplesmente, fazer um progresso constante.
E aprumar o rítimo. Mas mesmo assim, nós não estávamos conseguindo. 
Para cada passo para frente, eram dois (ou três) para trás.


E, sendo assim, você ficou e eu fiquei.
Ninguém entrou, ninguém saiu (só minha dignidade que saiu de mim como um encosto que me possuía ao mais glamouroso estilo Maysa)


Mas agora foi. Agora terminou. 
Está tudo certo.




E nada resolvido.





4 comentários:

  1. Caramba Aline
    esse texto ficou filme de Fellini.Parabéns.
    Mas eu não entendi nada.Vou ler de novo mais tarde.deve ser o mode carente On de hoje ou a qte. de Sagatiba.Anyway , estive aqui.

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  2. Oba, sinal que está tudo resolvido, pronta pra partir pra outra...tenho a senha Nº 01.
    hehe

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  3. tudo certo,nada resolvido [e a minha cara!rs

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  4. Intenso e belo como a escritora, mas tambem de alma exposta. Soa realmente como Maysa vc disse bem. ha! eu tambem gosto de vc viu. @jpsaura

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